domingo, março 29, 2009

O Festival Raízes Ibéricas prossegue sábado, 25 de Abril, às 16H, no Centro de Apoio Social de Oeiras, com o Quarteto Atalaya, constituído por Vasco Barbosa, Klara Erdei, Teresa Beatriz e Kenneth Frazer.
Vão interpretar o Quarteto nº 11, op. 95, em fá menor de Beethoven e o Quarteto op. 44, nº 3, em mi bemol maior, de Mendelssohn.


No dia seguinte, domingo, 26, às 11H, no Auditório Ruy de Carvalho, em Carnaxide, o duo Marta Eufrázio (violino) e Constantin Sandu (piano) prosseguem a integral de Beethoven, com as sonatas nº 4, em lá menor e nº 7, em dó menor. Ouvir-se-á ainda a harpa eólea de Cláudio Carneyro.






Concertos promovidos pela Câmara Municipal de Oeiras, com apoio da Direcção Geral das Artes

quarta-feira, março 18, 2009

Jorge Moyano toca Beethoven, Brahms e C. Franck em Carnaxide e Oeiras


No próximo fim de semana, a monumentalidade do recital de
Jorge Moyano
torna desejável a sua realização tanto em Oeiras
Auditório do Centro de Apoio Social de Oeiras (junto à estação)
no sábado, dia 21, às 16 horas
como em Carnaxide, no Auditório Municipal Ruy de Carvalho,
no dia seguinte, domingo, 22, às 11 da manhã.
Com efeito, bastaria, para constituir acontecimento extraordinária, a presença do grande intérprete em duas obras máximas do pianismo clássico e romântico – a “Sonata op. 110” de Beethoven (escrita e vivida à beira da morte) e as “Variações e Fuga sobre um tema de Haendel” – das quais o próprio Wagner afirmou: “Divisamos aqui até onde se pode chegar utilizando formas antigas”. Mas Moyano, num supremo esforço, conclui o seu regresso aquele clássico que na op. 110 se afasta do seu próprio classicismo, evoca Brahms “no apogeu do seu tratamento” da forma da variação”, para nos arrastar ainda mais para nos desvendar outro dos fulgores mais sublimes do romantismo recordando-nos a transcendência de uma das derradeiras criações de César Franck – “Prelúdio, coral e fuga”, gigantesco tríptico que o autor escreve aos 61 anos, no fim da vida. Cortot começa por sublinhar tratar-se aqui de um vasto campo de meditações. A obra gerou histórica polémica (provocada por Saint-Saëns) exactamente pela singularidade genial e inovadora do tratamento pessoalíssimo daquelas três formas consagradas desde Bach. Sobretudo pelo carácter da mais imprevisível, inesperada e sábia improvisação que vai flutuando sempre desde o início. Sobre um aparato virtuosístico que atemoriza o mais bem preparado dos executantes.
É uma lição suprema sobre três formas musicais (das mais antigas) entre as quais se destaca a capacidade de gerar a livre modernidade da fuga.

Entrada livre.


Este concerto é promovido pela Câmara Municipal de Oeiras e tem o apoio da Direcção Geral das Artes.